Quando ouvíamos as notícias sobre o coronavírus no fim de 2019, na época em que ele não tinha chegado no Brasil, achávamos que não seríamos afetados com tanta intensidade. O vírus foi se espalhando e março de 2020 foi o mês em que tudo mudou. De repente, precisamos nos adaptar ao home office. Assim, do nada, sem preparo algum.
A princípio, achamos que seria por um curto período de tempo, cerca de dois a quatro meses. Os mais pessimistas projetavam que ficaríamos em casa até Agosto, no máximo. Toda a programação de trabalho foi baseada nisso, com essa esperança. Então, mesmo com alguns problemas, pensava-se que tudo seria provisório.
Em junho de 2020, a retomada de alguns serviços nos deu a falsa sensação de que seria possível nos adaptarmos. De acordo com dados do Ipea, instituto pertencente ao IBGE, a porcentagem de brasileiros em home office era de 11,7% no mês de julho. Segundo informações do mesmo instituto, o índice anterior era de 12,7%. Ou seja, cerca de 300 mil trabalhadores saíram do trabalho remoto neste período.
Porém, o surgimento de novas variantes do coronavírus acendeu um novo alerta. Conforme as semanas foram passando e a situação não foi melhorando, tivemos que recalcular a rota mais uma vez. Quem já tinha voltado ao trabalho presencial acabou voltando para o trabalho remoto.
Com todo esse vai e vem, precisamos driblar muitos obstáculos ao longo desse período para continuar entregando um trabalho de qualidade. Afinal, quais lições podemos tirar depois de tanto tempo trabalhando em casa?
Aprendizados do home office
Comunicação
O que já era de extrema importância, se mostrou essencial no home office. Hoje damos ainda mais valor para uma boa comunicação, pois só assim é possível fazer o trabalho fluir.
Foi preciso pensar em formas de facilitar o contato e fazer com que todos ficassem atentos para que nada se perdesse. Alguns lugares aderiram a plataformas projetadas para a comunicação corporativa, como o Google Chat.
Usar o WhatsApp acaba gerando confusões, já que outros contatos também mandam mensagens ali. Além de correr o risco de deixar algumas mensagens passarem batido, ainda causava algumas distrações. Dessa forma, a produtividade era diretamente afetada.
O contato presencial é muito diferente. Tem a tonalidade da voz, a linguagem corporal. Pela internet, precisamos pensar em cada palavra para não sermos mal interpretados.
Organização
O ambiente do home office pode ser um poço de distrações e isso dificulta muito a concentração. Durante a adaptação a um novo local de trabalho ficou um pouco mais complicado dar conta das demandas do dia a dia.
Cada colaborador precisou encontrar um meio de se organizar para conseguir entregar os trabalhos no prazo. Um bom gestor faz toda a diferença nesse quesito. Ao mesmo tempo, não dava para esperar apenas uma orientação externa, todos os colaboradores precisaram se virar. O home office trouxe mais autonomia, mas também trouxe mais responsabilidade.
Também foi preciso aprender a driblar percalços típicos do trabalho remoto, como a procrastinação, por exemplo.
Horário de trabalho x horário de descanso
Essa é uma grande queixa de quem trabalha em casa. Como o ambiente de trabalho e de descanso é exatamente o mesmo, a noção de horário se perdeu. Sem contar que o uso do WhatsApp também dificulta esse processo.
Conversar sobre trabalho fora do expediente virou rotina para muita gente, o que aumenta a carga mental e fica mais complicado se desligar e descansar. Sendo assim, é preciso estabelecer limites no home office. Isso vale tanto para o gestor quanto para o colaborador.
E também foi a partir dessa dor que surgiram ferramentas como o Conecta Control. Dessa forma, além de evitar horas extras não autorizadas, o funcionário é obrigado a se organizar para cumprir suas funções dentro do horário determinado.
Saúde mental
Um ano depois, estamos ainda mais exaustos do que antes. A incerteza de melhora e as notícias pessimistas do Brasil e do mundo também afetam o trabalho. Ficou mais difícil focar nas atividades do dia a dia.
Segundo uma reportagem publicada no jornal O Globo, o afastamento do trabalho por problemas de saúde mental disparou na pandemia, com 576,6 mil pessoas de licença em 2020. Por isso, muitas empresas notaram que estar bem fisicamente não é a única coisa que importa.
Algumas buscaram iniciativas para dar suporte aos colaboradores, outras incentivaram que eles buscassem ajuda. O que ficou claro é que não dá para ignorar esse fator. Uma pessoa só consegue ser produtiva no home office e entregar tudo com qualidade se estiver bem. E agora, mais do que nunca, as empresas precisam enxergar seu papel nisso.
Gestão de equipe no home office
Por último, e não menos importante: a gestão de equipe ficou ainda mais desafiadora. Todas as questões citadas acima influenciam diretamente na vida dos gestores. É muito diferente cuidar de um time presencialmente e virtualmente.
Problemas com conexão de internet, comunicação mais travada, medo… Foi preciso ter paciência com os colaboradores, afinal, era tudo novo para todo mundo. A fase de adaptação não foi fácil e, atualmente, é como se estivéssemos passando por esse processo mais uma vez.
Os gestores tiveram de auxiliar os colaboradores a fazer uma boa gestão de tempo e a priorizar tarefas. São duas palavras-chave que mudam completamente a rotina do home office e fazem diferença. Diante de tantas informações, decidir o que deve ser feito primeiro também interfere na qualidade da entrega.
Conclusão
O home office pode não ser uma coisa nova, mas o momento que vivemos é. Ninguém está se sentindo totalmente bem, então é preciso ter compreensão. Ao mesmo tempo, não se pode perder a qualidade do trabalho.
Use a tecnologia a seu favor. Algumas das ferramentas citadas aqui foram desenvolvidas para atuar onde há essa deficiência e vão auxiliar na condução da rotina da equipe. Com paciência e olhar atento, é possível contornar esses problemas e ter uma equipe alinhada e produtiva.