O avanço da vacinação contra a Covid-19 tem permitido que as empresas voltem a planejar um retorno ao escritório. E o jeito de conciliar os benefícios do home office com os do ambiente presencial é o trabalho híbrido.
Ele consiste na alternância entre os dois regimes de trabalho e permite maior flexibilidade. Assim, os times conseguem se entrosar mais, trabalham melhor e podem ser mais produtivos. Além disso, esse modelo ajuda a reduzir custos para a empresa.
Uma pesquisa global feita pela Accenture mostra que o trabalho híbrido é desejado por colaboradores e por empresas. No entanto, esse modelo ainda gera muitas dúvidas e inseguranças, principalmente por parte dos trabalhadores.
Aqui, vamos trazer o recorte dos brasileiros entrevistados pela empresa de consultoria. Segundo o levantamento, 54% dos entrevistados temem que quem for trabalhar presencial tenha algum tratamento privilegiado na empresa. Esse é só um dos receios mostrados no estudo. Assim sendo, vamos falar sobre alguns dos entraves do trabalho híbrido.
Os 3 maiores desafios do trabalho híbrido
Mudanças na cultura da empresa
Quando as empresas mandaram seus funcionários para o home office, a maioria ocorreu na base do improviso. Como muitas pessoas – e empresas – se agarraram à certeza de que seria provisório, só foram levando. Passou-se um ano e três meses de pandemia. Alguns acabaram investindo em equipamentos de trabalho, outros não puderam ou não quiseram. Contudo, ao adotar o trabalho híbrido, é preciso que o colaborador tenha estrutura para isso.
Ou seja, a empresa precisa olhar com atenção para o home office dos funcionários. Para que todos consigam ser produtivos, precisam ter os meios necessários. O trabalho remoto é uma extensão do trabalho presencial. O trabalho híbrido é um jeito de fazer com que os dois mundos caminhem juntos da forma mais harmônica possível. Se a ideia é adotar esse regime, o home office não pode ser negligenciado.
É preciso mudar a cultura da empresa para que o trabalho híbrido seja encarado com a mesma importância que o trabalho presencial. É fundamental que nenhum colaborador se sinta diferente dos outros por trabalhar em casa ou no escritório. Todos são igualmente importantes e devem trabalhar em conjunto. Só assim a empresa pode atingir os resultados que espera.
Além disso, os gestores precisam aprender a coordenar seus times à distância e presencialmente. É preciso lembrar, sempre, que parte da equipe não estará ali por diversos motivos. Os que estão não podem ser privilegiados nem receber tratamento diferenciado por isso. Então, certamente vão existir obstáculos.
Adaptação ao trabalho híbrido
A adequação ao “novo normal” foi feita às pressas por uma questão de preservação da saúde de todos. Agora, há quem já tenha se acostumado com o trabalho remoto e tenha criado uma rotina. Porém, ter alguns encontros no escritório – após a vacinação e com cuidado, claro – pode ser muito benéfico.
O trabalho híbrido também exige adaptação. Essa mudança vai acabar alterando o cronograma e a rotina de todos. No começo, muitos colaboradores podem se sentir perdidos e resistir ao retorno. No entanto, é muito importante relembrar os motivos para a adoção desse regime.
Um time que se conhece consegue trabalhar de forma mais fluida. Além disso, é uma forma de retomar a vida aos poucos e de ter um contato social. Essa parte pode parecer assustadora para alguns colaboradores. Apesar de toda a transformação, o trabalho no escritório ainda tem seu valor. As reuniões de brainstorm, por exemplo, tendem a funcionar melhor no presencial.
No caso dos gestores, eles já puderam entender que gestão não se faz só pessoalmente. Foi preciso usar os recursos disponíveis para fazer “milagre”, mas funcionou. Agora, como o trabalho híbrido é algo para ser pensado com calma, vale fazer uma análise das principais dificuldades. Assim, é possível construir esse modelo da melhor forma possível para ambas as partes.
Nessa etapa, também é muito importante ouvir o que os colaboradores têm a dizer. Questione o que eles esperam disso, quais são as principais necessidades, etc. Essa atitude deve se repetir conforme o tempo for passando para avaliar se está funcionando. Para além dos resultados, o bem-estar dos funcionários também deve ser levado em consideração.
Recursos
Como o trabalho híbrido vai ser uma implementação da empresa, ela precisa arcar com isso. No entanto, dependendo da quantidade de colaboradores, não dá para fazer tudo de uma vez. Isso pode acabar adiando os planos. Por isso, é necessário estudar com cautela qual é o melhor jeito de colocar o trabalho híbrido em prática.
Alguns funcionários, por exemplo, trabalharam todo esse tempo sem um ambiente adequado para isso. Mas, nesse caso, não havia outra opção, já que era algo de improviso e temporário. A partir do momento em que a empresa escolhe manter os funcionários em casa, é preciso oferecer suporte. Cada empresa sabe dos recursos que dispõe e o que pode fazer com eles.
Ferramenta pode ajudar gestores
O uso de softwares se mostrou ainda mais necessário durante a pandemia. Todavia, a volta ao trabalho presencial ou o trabalho híbrido não anulam a importância dessas ferramentas. Elas funcionam em todos os modelos de trabalho, já que se propõem a agilizar processos.
Inclusive, existe uma plataforma que facilita muito a rotina, principalmente a dos gestores. Uma migração tão importante exige planejamento e organização. E a Conecta possui um software que atua diretamente nisso, o Conecta Suite. Quer saber mais? No post “Razões para sua empresa aderir ao Conecta Suite” você encontra mais detalhes.
O trabalho híbrido exige uma análise cautelosa para ser implementado. No campo das ideias é ótimo, mas dá para colocar em prática? Não adianta instaurar esse modelo de trabalho e deixar todo mundo perdido e desamparado. Por isso, tenha cautela e estratégia para implementar essas mudanças.